um blogue à deriva

26/02/10

Eduardo B.


Não verdade. Também floresce o cartão, como me garantiu o taxista na viagem aeroporto-residencial, quando lhe perguntei o que comiam as cabras da paisagem.

3 comentários:

  1. Embora seja muito avessa aos estereótipos de gente e lugar e tempo e modo que inevitavelmente atravessam estas conversas, o facto é que, no conjunto e num sítio, nunca conheci ninguém como a gente de Cabo Verde. Falo da generosidade de genuínos anfitriões. Lamento que o turismo, com tutela na Economia (esta, ou aquela), tenha vedado aos cidadãos, vulgo turistas, a capacidade e a vontade de ver para lá do reduto ilustrado. Lamento que o turismo não tenha a tutela da cultura (a outra, não esta, ou aquela). Lamento que o reduto ilustrado comece na casa em que se vive o resto do ano.

    Lamento que as cabras do Sal se alimentem de pedaços de cartão levados na aridez por correntes rasteiras de ar quente.

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  2. Lamento o asco às hordas de turistas em autocarros, quando descem de sacos nas mãos e máquinas fotográficas para as nossas ruas históricas. Lamento que o asco não se dirija a quem concebe os pacotes de viagem, a quem elabora programas educativos e regula as economias. Lamento a falta de contemplação perante aqueles, resultando isto, por sistema, na complacência total perante estes.

    Lamento tanto isto, sabendo que há uma viagem que alguém faz só uma vez e esta possa de tal forma coincidir na tessitura com a viagem de outros, que não termina nunca mais.

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