um blogue à deriva

29/04/11

de cómo el tiempo devoró un poema

© Hiroshi Sugimoto




Subiu como uma formiga sobre duas preposições.
Mordeu como um leão onde dizia pombas.
Destroçou um pedaço de adjectivo.
Dançou com a futilidade da estrofe inicial.
Não se deu ao trabalho de destruir tudo.
Os fragmentos começaram a fraquejar.
Alguns cintilaram um pouco, há que dizê-lo.
Deixou sem nada ao lado, a palavra morte.

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