Felizmente, sonhamos. Com microondas prestes a explodir porque uma
embalagem fechada hermeticamente tem fragmentos metálicos no interior. Com
esboços riscados a sépia, múltiplos esboços incongruentes mas belos que não
indiciam um propósito, uma figura, nada. Com um edifício gigantesco, do qual, no
vasto interior, se avista a escada central, na qual um cão grande é subitamente
atacado pelas costas por um cão maior, surgido da penumbra. Com a dona do cão,
que surge em desespero do outro lado da penumbra e é mordida nas costas, por sua
vez, ficando ambos paralisados. Sabemos que na penumbra há gente, gente que
chegaria para preencher uma aldeia, vila ou cidade, mas sentimos o edifício
esvaziar-se enquanto se enche dessa plateia humana.
um blogue à deriva
07/03/10
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário